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Descrição arquivística
Fundo Maria Della Costa e Sandro Polônio
BR RJFUNARTE MDCSP · Fundos · 1885 - 1982

Trata-se do arquivo do casal de artistas Maria Della Costa e Sandro Polônio. Há também documentos relativos à trajetória de Itália Fausta, tia de Sandro. O conjunto mais expressivo em termos de volume é aquele referente ao Teatro Popular de Arte/Companhia Maria Della Costa. Outra série bastante importante desse arquivo é o Acervo Itália Fausta, que guarda registros de uma das maiores atrizes do país, que atuou no Teatro da Natureza, da Companhia Dramática Nacional, e do próprio Teatro Popular de Arte, entre outros. O arranjo elaborado e o inventário realizado ainda precisam de ajustes. Por isso, durante a descrição do material, foram feitas várias anotações referentes às opções adotadas, assim como recomendações para um futuro trabalho de refinamento e tratamento completo do Arquivo Maria Della Costa e Sandro Polônio. Quanto à série Acervo Itália Fausta, vale ressaltar que se optou por mantê-la como uma unidade do Arquivo Maria Della Costa — Sandro Polônio porque ela não pode ser dissociada do resto desse conjunto documental. Esta série é composta exclusivamente por documentos que trazem no carimbo de doação o indicativo Acervo Itália Fausta. Seguiu-se com precisão essa indicação, ainda que nessa série tenham restado registros que datem de período posterior à morte da atriz, ou que digam respeito mais à atuação de Maria Della Costa e de Sandro Polônio no Teatro Popular de Arte, e/ou junto a outros conjuntos teatrais, do que trabalhos realizados direta ou indiretamente por Itália Fausta.

Maria Della Costa e Sandro Polônio
Fundo Walter Pinto
BR RJFUNARTE WP · Fundos · 1884-1968

O arquivo abriga documentos de tipos e espécies variados — textos de peças teatrais, partituras manuscritas, fotografias, desenhos de cenários e figurinos, cartazes etc. — que dizem respeito à família Pinto, à atuação da Empresa Pinto Ltda., da Companhia Walter Pinto, e de outras empresas ligadas ao teatro, abrangendo aproximadamente trinta anos de produções de espetáculos no Teatro Recreio, situado na Praça Tiradentes, no Rio de Janeiro.
Manoel Pinto, ator e empresário, pai de Walter Pinto, iniciou suas atividades teatrais na segunda década do século XX. Ao morrer, em 1938, a Empresa Pinto Ltda. ficou sob a direção de Álvaro Pinto, seu filho mais velho, que em agosto de 1940 também faleceu, obrigando Walter Pinto a assumir a direção. Walter Pinto não só manteve as atividades da empresa herdada de seu pai por mais de vinte anos, como também a tornou referência para o teatro de revista daquele período. A Companhia Walter Pinto revela, para alguns historiadores, a última fase deste gênero de teatro musicado em nossos palcos.
Em termos técnicos, um aspecto que merece destaque, pois se diferencia do tratamento dado a conjuntos semelhantes, foi a organização dos documentos ligados à parte musical dos espetáculos, que contou com a colaboração da pesquisadora e etnomusicóloga Rosa Maria Zamith. Para realizar a identificação e classificação desses registros, foram acionadas complexas redes de confrontações e comparações de partituras, textos teatrais, notícias de jornais etc. Essa ação seguiu a perspectiva adotada na organização geral do arquivo, que foi ter o espetáculo como eixo central para a elaboração de seu arranjo. Não interessava, portanto, ver as partituras como um conjunto musical isolado, em que bastaria listar os títulos das músicas presentes no acervo. Investimos na pesquisa para tentar reconstituir o repertório original de cada espetáculo. Essa estratégia para o tratamento da parte musical colaborou para a elaboração de instrumento de pesquisa em paralelo, um trabalho altamente especializado. Este arquivo reveste-se de dois aspectos fundamentais: seus documentos, inéditos e não dispersos, fornecem real conteúdo para se traçar a história dessa empresa teatral, de reconhecida importância na história do teatro de revista no Brasil; e seus documentos abrangem vários aspectos da empresa e de seu proprietário, ou seja, aspectos administrativos, artísticos, pessoais etc.

Walter Pinto
Fundo Waldemiro Brandão
Fundos · 1877-1979[?]

Trata-se de um pequeno arquivo de trabalho que foi organizado tendo em vista o material acumulado e elaborado pelo doador, sobre o qual, inclusive, tem-se poucas informações. De acordo com os registros realizados na época da doação do conjunto, Waldemiro Brandão foi ator. E considerando a sua própria documentação, pode-se dizer que ele dedicou-se à pesquisa a respeito
de artistas e companhias que atuaram no Brasil e em Portugal durante os séculos XIX e XX. O mais interessante desse arquivo é o material decorrente de tais pesquisas realizadas por Waldemiro Brandão a partir de dados extraídos de periódicos e de consultas feitas a artistas e a entidades teatrais. Muitos cadernos e volumes por ele confeccionados são preciosos levantamentos da vida teatral da segunda metade do século XIX e de quase todo o século XX no Brasil. Parte das pesquisas apresenta certa confusão em termos de metodologia e de organização dos resultados. No entanto, o material deixado por Waldemiro Brandão parece ser um excelente ponto de partida para a realização de estudos mais aprofundados acerca do teatro brasileiro, principalmente no que tange aos artistas e às companhias que atuaram entre os anos 1860 e 1950. Há ainda um documento manuscrito por ele, uma
espécie de termo de doação remetido ao SNT, que data de 8/12/1978, no qual Waldemiro cede ao órgão um material destinado a publicação. Parte dessa doação (livros, periódicos e impressos) parece ter sido encaminhada, na época, a outros setores, nos quais foi catalogada e disponibilizada para o público.

Waldemiro Brandão
Fundo Hejo
BR RJFUNARTE HE · Fundos · 1960-[197-]

Arquivo pessoal composto por fotografias de espetáculos e personalidades das artes cênicas.

Hejo
Fundo Roberto Pereira
Fundos · 193[?] - 2002

A maior parte deste arquivo é formada por 1.957 registros referentes a três importantes bailarinas para a história da dança no Brasil: Eros Volúsia, Juliana Yanakiewa e Tatiana Leskova. Deste modo, optou-se por criar três seções tendo como assunto estas bailarinas. Entretanto, a peculiaridade deste arquivo é que ele é, em grande parte, formado por fotocópias de documentos de diversas espécies e tipologias: recortes de jornais e revistas, programas, cartas e transcrição de depoimentos. Apenas, os documentos relativos à Juliana Yanakiewa são, predominantemente, originais. Para os registros que não se referem necessariamente a nenhuma destas três artistas, foi criada a seção denominada “Geral”. Entretanto, o material audiovisual, locado nesta seção, tem que ser revisto e contextualizado em relação as demais seções, pois, é necessário que se verifique se o título dado à cada um deles correspondem de fato ao seu conteúdo. A ordenação impressa, neste momento, ao arquivo é apenas uma sugestão, a título de diagnóstico do material. Pois, para que se determine uma organização definitiva para este conjunto, é necessária, antes, a realização de uma pesquisa mais pormenorizada a respeito de sua procedência.

Roberto Pereira
Fundo Candido Nazareth
Fundos · [188-] - 1940

Álbuns do ator Candido Nazareth (1865-?), composto por documentos pessoais, impressos, recortes de jornais, contratos, tabela de serviço, cartas, fotos etc. Candido Nazareth atuou em diversas companhias de teatro no Brasil entre o final do século XIX e a primeira metade do XX, como Companhia Lucília Peres, Companhia Silva Pinto (Empreza Juca de Carvalho), Companhia Dramática Nacional e Teatro Escola (de Renato Vianna), entre outras. Seu álbum, além de conter registros importantes do cenário teatral da época, apresenta, ainda que poucos, documentos valiosos acerca da Casa dos Artistas, onde Candido Nazareth desenvolveu as funções de secretário e presidente durante a década de 1930. Outra entidade de classe que aparece representada no álbum de Candido Nazareth é a SBAT. Há ainda documentos referentes à ABI no álbum do ator, assim como recortes de jornais acerca do SNT.

Candido Nazareth
Fundo José Luís Rodrigues Calazans
Fundos

Arquivo do compositor, violonista e cantor alagoano, com o apelido, no qual era conhecido, Jararaca, que formou uma conhecida dupla musical com Ratinho, com quem protagonizou alguns filmes nos anos 1940/1950. Jararaca também atuou em programas humorísticos na televisão durante a década de 1970. O seu conjunto documental é constituído quase que exclusivamente por fotografias.

José Luís Rodrigues Calazans
Fundo Jayme Costa
Fundos

Arquivo pessoal do ator e empresário Jayme Costa (1897-1967), um dos artistas mais famosos e polêmicos do século XX no Brasil. Seu arquivo, apesar de ter dimensões modestas, guarda preciosos registros da carreira de seu titular, e do contexto cultural do país entre os anos de 1920 e 1960. Destacam-se, pelo seu volume, os dossiês compostos pela correspondência de Jayme Costa e aqueles referentes a espetáculos pelos quais o artista ficou bastante consagrado, como Carlota Joaquina e My Fair Lady. Também são interessantes os documentos relativos à atuação política de Jayme Costa em prol do presidente Getúlio Vargas e aqueles que atestam as contendas que o ator travou com a atriz Henriette Morineau e a SBAT. Apesar de ter trabalhado no cinema nacional, há poucos registros da atuação do artista nesse âmbito.
Para a realização de um diagnóstico desse material foram elaborados dossiês que levaram em conta a espécie e o tipo dos documentos, a atividade desenvolvida pelo ator e os âmbitos de sua atuação. Vale ressaltar que há ainda alguns objetos tridimensionais que faziam parte desse arquivo e hoje estão expostos na biblioteca do Cedoc/Funarte. Pelo que se encontra discriminado nas listagens confeccionadas à época da doação, nota-se que uma boa parte desse arquivo foi desmembrada de seu contexto original, como livros, periódicos e fotografias, além dos já mencionados objetos tridimensionais etc.

Jayme Costa
Fundo Oscarito
Fundos · ? - 1985

Pequeno arquivo pessoal do ator Oscarito, grande cômico, que atuou de forma bastante contundente no teatro e no cinema brasileiros no século XX. Seu arquivo revela uma pequena parcela da trajetória do ator e as várias homenagens que lhe foram rendidas, em vida e após sua morte. Para uma organização preliminar da parte textual do arquivo, foram estabelecidas duas séries:
“Oscarito” e “Póstumo”, que ocupam quase o mesmo espaço no que tange ao volume total da documentação. Segundo consta na listagem organizada na época da doação, há uma grande quantidade de fotografias e impressos que foram encaminhados a outro setor da instituição no momento de sua entrada.

Oscarito
Fundo Paulo Afonso Grisolli
Fundos · ? - 1983

Arquivo pessoal de Paulo Afonso Grisolli, personalidade que se destacou nos âmbitos do teatro e da imprensa a partir da década de 1960. No teatro, dirigiu diversos espetáculos tanto de conjuntos amadores quanto de companhias profissionais, destacando sua atuação no Teatro da Biblioteca Israelita Brasileira Scholem Aleichem (Bibsa), no Teatro de Repertório, e na companhia Eva e seus Artistas. Grisolli também foi dramaturgo. Mas, ao que tudo indica, a sua carreira de escritor não foi tão relevante quanto a de encenador e jornalista. Foi redator- -chefe do Caderno B, do Jornal do Brasil e do periódico Programa em Revista.
Boa parte da documentação encontrada no arquivo parece ter sido gerada e acumulada devido à sua função na imprensa. É interessante notar como o arquivo de Grisolli, além de apresentar registros de sua carreira como diretor e jornalista, também é bastante marcado pelo material que ele parece ter acumulado em decorrência de suas viagens aos Estados Unidos e à Europa, mais especificadamente França, Alemanha e Inglaterra. Vários impressos são registros de importantes espetáculos que estiveram em cartaz nesses países entre 1960 e 1980. Dentro desse domínio, é importante ressaltar a relevância da documentação referente ao estágio que Grisolli realizou na França, com Jean Vilar e Roger Planchon, graças a uma bolsa de estudos obtida como prêmio no I Festival de Teatro Amador da Guanabara, como diretor do Teatro da Bibsa. Outra área de atuação de Grisolli, que também se encontra representada por registros em seu arquivo, é a televisão. Grisolli trabalhou na TV Globo, em séries como Caso Especial e Malu Mulher.
O arranjo do arquivo procurou contemplar, a partir da criação de séries, todas as áreas de atuação de Paulo Afonso Grisolli. Porém, grande parte dessa documentação foi organizada por tipo e/ou espécie de documento, de forma a ser locada na unidade de arquivamento mais abrangente, denominada “Geral”. Isso porque não foi possível estabelecer a razão da presença de muitos registros no arquivo de Grisolli, visto que a interseção entre suas principais áreas de atuação, o teatro e a imprensa, era bastante grande. Como jornalista, trabalhou principalmente com veículos de difusão e divulgação da cultura no Brasil. Logo, optou-se por manter apenas na série reservada ao teatro registros da atuação direta de Grisolli na criação de um produto artístico, seja como dramaturgo, produtor ou diretor. Assim também se procedeu em relação à série “Imprensa”. Essa série é, inclusive, quase toda formada por dossiês de documentos que, juntos, formam material para a composição de matérias que supostamente seriam, ou foram, publicadas no Caderno B e no Programa em Revista.
Grande parte das fotografias também foi mantida na série “Geral”, pois é necessária ainda a realização de pesquisas para um melhor tratamento desse material. Parte dos documentos, relacionados nas listagens que foram confeccionadas quando da doação do arquivo, foi encaminhada a outros setores do extinto Inacen, como a biblioteca, o setor audiovisual e o setor fotográfico.

Paulo Afonso Grisolli