Espetáculos na Funarte


Quando a Fundação Nacional de Arte (Funarte) foi criada com o objetivo de promover e incentivar, em todo o território nacional, a prática, o desenvolvimento e a difusão das atividades artísticas, muitos espetáculos musicais foram produzidos em suas salas. Três anos após sua criação, em 1977, a Funarte lançou o projeto Pixinguinha, com o objetivo de abrir o mercado de trabalho para musicistas a partir da divulgação do repertório brasileiro. No ano seguinte, o projeto já havia resultado em 273 concertos de música popular brasileira e alcançado mais de 20 mil espectadores em todo o país. A exemplo do projeto Pixinguinha, importantes iniciativas foram executadas, como a Bienal de Música Contemporânea, o Salão Nacional de Artes Plásticas, o Prêmio Mambembe, a criação da revista cultural Piracema, o Prêmio Nacional de Artes, além da inauguração do Espaço Niemeyer e da ampliação do Museu do Folclore. Na Sala Funarte, que posteriormente tornou-se Sala Funarte Sidney Miller, diversos artistas brasileiros foram revelados. Dentre os diversos espetáculos promovidos, destacam-se as séries musicais: Carnavalesca, Seis e Meia, Noturno, Pixingão e Show Instrumental.


Para celebrar o Carnaval: Cartazes da Série Musical Carnavalesca promovida pela Funarte entre os anos de 1982 e 1989.
A série Carnavalesca surgiu para homenagear compositores e intérpretes que se destacaram no carnaval brasileiro. As homenagens eram feitas através de uma intensa programação de espetáculos musicais, exposições, debates e exibição de filmes. Dentre as edições da Série, as de 1982, 1984 e 1988 foram as que mais se destacaram. A primeira edição, “Eneida, este Pierrô Apaixonado”, contou com a participação de Dalva de Andrade, Nelson Sargento, Monarco, Marlene, Elza Maria e Noel Rosa de Oliveira e resultou na edição de livros, exposições e shows. A edição de 1984 homenageou Pedro Caetano por seus 50 anos de Carnaval, contando com a participação de diversos artistas. A última edição, em 1988, tornou-se um dos mais importantes anos da série. Foi dedicada a Martinho da Vila nos 100 anos da abolição da escravidão. A série contou com shows e uma exposição sobre a participação da cultura negra no desenvolvimento do carnaval.









A arte da música brasileira: Cartazes da Série Musical Seis e Meia promovida pela Funarte entre os anos de 1978 e 1993.
A série Seis e Meia foi um dos primeiros projetos desenvolvidos pela Sala Funarte, que depois se tornaria Sala Funarte Sidney Miller. Com início em agosto de 1978, a estreia da série teve a apresentação de Irene Portela e Eliane Estevão. Os shows, que aconteciam de terça a sábado às 18h30, apresentavam intérpretes, músicos e compositores de diversas partes do Brasil que ainda não haviam tido a oportunidade de gravar ou produzir uma apresentação profissional. Grandes nomes da música popular brasileira passaram pela Série Seis e Meia até 1982, como: Elymar Santos, Eduardo Aragão, Miriam Fernandes, Monarco, Alaíde Costa, Nei Lopes, Ademilde Fonseca, Marisa Gata Mansa, Jamelão, Quarteto em Cy. A Funarte disponibiliza em seu acervo a gravação de diversos shows para exibição pública.










  • Cartaz de divulgação da Série Seis e Meia. Fundo amarelo com letras pretas. Na lateral esquerda está escrito “Ministério da Cultura”. Antiga logo da Funarte no canto inferior esquerdo. Ilustração de Pixinguinha com fundo azul e nuvens brancas, vestindo chapéu panamá branco com fita azul e terno banco, sorrindo e segurando flores amarelas, azuis, vermelhas, rosas e roxas em uma das mãos e cigarro aceso em outra. Na lateral do canto inferior esquerdo da ilustração está escrito “Impressão e fotolito: EMI/Odeon”. Assinatura do ilustrador no canto inferior esquerdo da ilustração. Textos: Uma Rosa Para Pixinguinha: dez anos sem ele. Com Elizeth Cardoso, Radamés Gnatalli e Camerata Carioca. Participação de Dazinho. Direção de Túlio Feliciano. 31 de maio a 11 de junho de 1983. Terça a sábado às 18:30h – Cr$ 500,00. Sala Funarte Sidney Miller. Rua Araújo Porto Alegre, 80, Centro - Rio de Janeiro. A sala funarte Sala Funarte Sidney Miller comemora seu quinto ano de existência com a grande música de metre Pixinguinha, dez anos após sua partida. Lançamento dos discos Dez Anos Sem Ele - EMI/Odeon e Vivaldi & Pixinguinha - Funarte.



  • Contemplando a música: Cartazes da Série Musical Noturno promovida pela Funarte entre os anos de 1979 e 1995.
    Similar à proposta da série Seis e Meia, a série Noturno surge com o intuito de dar oportunidade de expressão a obras e artistas brasileiros que não puderam se apresentar em locais e circuitos comerciais, apesar do talento cultural. Ao impulsionar a carreira de novos artistas e promover reencontros entre artistas veteranos e o público, diversos artistas se apresentaram no projeto, como: Sivuca, Angela Ro Ro, Nelson Cavaquinho e Thelma Soares, Emilio Santiago, Wanderléa, Ademilde Fonseca e Conjunto Coisas Nossas, Marisa Gata Mansa e Jamelão.









    Uma síntese do Projeto Pixinguinha: Cartazes da Série Musical Pixingão promovida pela Funarte entre os anos de 1984 e 1988.
    Com o apoio da Petrobrás, o Projeto Pixingão surgiu em 1984 com uma síntese das apresentações feitas no decorrer do Projeto Pixinguinha. Como forma de ter uma amostra abrangente da música brasileira, a proposta trazia personalidades de diferentes regiões do Brasil que eram apresentadas por artistas já conhecidos do grande público. Porém, enquanto o objetivo do Pixinguinha era unir os grandes nomes da MPB com novos artistas pelo interior do Brasil, o Pixingão objetivava trazê-los para o Rio de Janeiro, em especial, para a Sala Funarte Sidney Miller, apresentando artistas como: Inesita Barros, Dalva Torres, Conjunto Pernambucano de Choro e Fátima Guedes.






  • Cartaz de divulgação da Série Pixingão. Fundo bege com letras vermelhas. Ilustração de Pixinguinha em pé, sorrindo e vestindo terno branco, com uma mão apoiada em cadeira preta e outra segurando saxofone amarelo. Assinatura do ilustrador abaixo da ilustração. No canto superior esquerdo do cartaz está escrito “ME SECRETARIA DA CULTURA”. Antiga logo da Funarte no canto inferior esquerdo e logo da entidade de apoio à Petrobras centralizada no rodapé. Textos: O Pixinguinha abre as janelas de seu projeto para mostrar os valores regionais que estão fazendo a nova música do Brasil. 18:30h / Cr$2.000. Sala Funarte Sidney Miller. Araújo Porto Alegre 80 – Rio. 20 a 24 de novembro. Orquestra de Cordas Dedilhadas de Pernambuco Jacaré. Trio Romançal – PE. Marco Polo – PE. Geraldo Maia – PE. 27 de nov. a 01 de dez. Inezita Barroso. Grupo Araguaia – MT. Genésio & Juraildes – GO. Lazaro – PI. 04 a 08 de dezembro. Tetê Espíndola. Tom Tavares – BA. Lucinha Bastos – PA. Lula Mattos – DF. Julio César – MT. 11 a 15 de dezembro. Lia de Itamaracá, com Sérgio Túlio – PB. Quinteto Agreste – CE. Carlos Pita – BA. FUNDAÇÃO NACIONAL DE ARTE. INM/Divisão de Música Popular. Projeto Pixinguinha.





  • Cartaz de divulgação da Série Pixingão. Fundo rosa claro com letras pretas, verdes e rosas. Ilustrações de cartazes retangulares em aquarela e de instrumentos de sopro. No cartaz estão escritos “ME SECRETARIA DA CULTURA” e “PROJETO GRÁFICO MARTA STRAUCH” no canto superior esquerdo e na lateral direita, respectivamente. Logo da entidade de apoio Petrobrás e o nome dos órgãos: MINISTÉRIO DA CULTURA, FUNDAÇÃO NACIONAL DE ARTE, INM / DIVISÃO DE MÚSICA POPULAR, no rodapé. Textos: Pixingão 86. TUNAI. De Brasilia. ZÉLIA CRISTINA, MARCO PEREIRA e TRIO ARTESANAL. Direção: ÉRICO DE FREITAS. 21 A 25 DE OUTUBRO. 18:30h. ELZA SOARES. De Salvador. LAZZO, ROBERTO MENDES & JORGE PORTUGAL. Direção: OTONIEL SERRA. 28 DE OUTUBRO A 1 DE NOVEMBRO. 18:30h. MARCOS VALLE. De Fortaleza. FÁTIMA FONTENELLE, ANDRÉ & CRISTINA e EUDES FRAG. Direção: AGUINALDO DE FIORI. 4 A 8 DE NOVEMBRO. 18:30h. CARROS LYRA. De Curitiba. ROSY GRECA, LYDIO ROBERTO e HILTON BARCELOS. Direção: LÍGIA FERREIRA. 11 A 15 DE NOVEMBRO. 18:30h. DIANA PEQUENO. De Natal. ANNA, LUCINHA LYRA e BANDA IMAGINÁRIA. Direção: LAURO GÓES. 18 A 22 DE NOVEMBRO. 18:30h. ADEMILDE FONSECA & DÉO RIAN. De Goiânia. GUSTAVO VEIGA. De Florianópolis. GRUPO VIBRAÇÕES. Direção: PAULO CÉSAR SOARES. 25 A 29 DE NOVEMBRO. 18:30h. RENATO BORGHETTI. De Recife. IVANO E TONINO. E de Campo Grande. TOSTÃO & GUARANI. Direção: CREUSA DE CARVALHO. 25 A 29 DE NOVEMBRO. 21:00h. CzS 20,00. SALA FUNARTE SIDNEY MILLER. RUA ARAÚJO PORTO ALEGRE 80 CENTRO RIO DE JANEIRO.





  • Cartaz de divulgação da Série Pixingão. Fundo amarelo com letras vermelhas. Ilustração de menino com asas segurando uma pipa. Abaixo do título estão: “MINC”, a antiga logo da Funarte, “INM/DMP” e a antiga logo da Petrobrás. Ilustração de três bandeiras laranjas e vermelha com letras brancas. Textos: Pixingão 87. Sala Funarte Sidney Miller Cz$ 80,00 18:30. Fatima Guedes. Solange Leal - Teresina. Asdrúbal Alvim - Salvador. Fátima Marinho - Recife. Direção: Creusa de Carvalho. 10 a 14 nov. Orquestra De Música Brasileira. Sueldo - Natal. Maria Claudia - Campo Grande. Marco André - Belém. Direção: Roberto Gnattali. 17 a 21 nov. Jerry Adriani. Laurenice Franca - Teresina. Gabriel Melônio - São Luís. Cláudio Prates - Campo Grande. Direção de Rutílio de Oliveira. 24 a 28 nov.






  • Cartaz de divulgação da Série Pixingão. Fundo preto com letras e imagem pretas e brancas. Ilustração do rosto de Pixinguinha à esquerda. Assinatura de João Magalhães no canto inferior esquerdo. No canto inferior direito estão: a antiga logo da Funarte, o texto “FUNDAÇÃO NACIONAL DE ARTE. INSTITUTO NACIONAL DE MÚSICA/DIVISÃO DE MÚSICA POPULAR”, a ntiga logo da logo da Petrobrás e “MINISTÉRIO DA CULTURA”. Textos: Pixingão 88. SALA FUNARTE SIDNEY MILLER. CZ$ 400,00.18h30min. 22 A 26 DE NOVEMBRO. VITAL FARIAS. CARLA VILLAR BELO HORIZONTE. MARKU RIBAS BELO HORIZONTE JUAREZ MOREIRA BELO HORIZONTE. DIREÇÃO: THELMA GUIMARÃES. 29 DE NOVEMBRO A 03 DE DEZEMBRO. MARCOS RESENDE. LULA RIBEIRO ARACAJU. GRUPO PONGARÁ JOÃO PESSOA. DIREÇÃO: MARCELO FALCÃO. 06 A 10 DE DEZEMBRO. NONATO LUÍS. AMOROSA ARACAJU. JOÉSIA ARACAJU. CHICO QUEIROGA ARACAJU. DIREÇÃO: MAURÍCIO TAPAJÓS.



  • A beleza instrumentalizada: Cartazes da Série Musical Instrumental promovida pela Funarte entre os anos de 1979 e 1989.
    Em oposição ao cenário comercial predominantemente excludente apresentado pela maioria das salas de espetáculos do Rio de Janeiro, a Sala Funarte propôs, em 1979, o projeto Instrumental, a fim de trabalhar de forma alternativa as produções de música instrumental, que eram pouco ou nada acolhidas pelo circuito convencional. A seleção das apresentações era realizada por meio da indicação de responsáveis da própria Funarte ou de inscrições do público, revelando grandes nomes, como: Conjunto Época de Ouro e Danilo Caymmi, Wagner Tiso, Jane Duboc, Grupo Uakti, entre outros.










  • Cartaz de divulgação da Série Instrumental. Fundo azul com letras pretas. Ilustração de instrumentos e notas musicais azuis. Ilustração de instrumentos musicais e uma partitura pretos separando o título “Sala Funarte”. Na lateral do canto inferior esquerdo está escrito “Arte: ANDREA ASCOLI” e no rodapé estão: “MINISTÉRIO DA CULTURA - FUNDAÇÃO NACIONAL DE ARTE - Instituto Nacional de Música / Divisão de Música Popular” e a antiga logo da Funarte. Textos: Série Instrumental. Flavio Goulart: guitarra. Daniel Garcia: sax, flauta. David Ganc: sax, flauta. Elcio Cáfaro: bateria. Papito: baixo. João Braga: teclado. Direção: Rutilio de Oliveira. Terça à sábado, 6 a 17 de setembro de 1988 - 21h. Cz$ 400,00. Sala Funarte Sidney Miller. Rua Araújo Porto Alegre, 80 • Centro • Rio de Janeiro.



  • Fontes consultadas


    FUNDAÇÃO NACIONAL DE ARTES. Brasil: memória das artes, 2023. Disponível em: https://portais.funarte.gov.br/brasilmemoriadasartes/. Acesso em 23 nov. 2023.