Fonds - Fundo Luiz Carlos Mendes Ripper - 01

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Reference code

Title

Fundo Luiz Carlos Mendes Ripper - 01

Date(s)

  • 1964 - ? (Creation)

Level of description

Fonds

Extent and medium

0,85 m.

Context area

Name of creator

(16/07/1943-20/12/1996)

Biographical history

Luiz Carlos Mendes Ripper dá nova dimensão ao tratamento cenográfico nas encenações dos principais grupos cariocas dos anos 70, refletindo as expectativas inovadoras propostas por seus integrantes. De 1962 a 1965 faz curso de artes e arquitetura na Universidade de Brasília. Inicia carreira profissional no cinema em 1965 e trabalha com vários cineastas, como Nelson Pereira dos Santos, Walter Lima Júnior, Arnaldo Jabor, Leon Hirschman, Carlos Diegues, entre outros. Em 1970, inicia as atividades no teatro, acumulando, muitas vezes, as funções de diretor, produtor, cenógrafo, figurinista e iluminador. Cria a "ambientação visual" para as encenações do Teatro Ipanema, destacando-se os espetáculos Hoje É Dia de Rock, de José Vicente, com direção de Rubens Corrêa, 1971, ganhando o Prêmio Governador do Estado de melhor figurino; e A China É Azul, de José Wilker, 1972, sendo novamente premiado como melhor figurinista pelo Molière. Neles, a disposição cênica da cenografia rompe com a concepção convencional de palco-plateia, integrando os espectadores ao plano dos atores. Cria um corredor, onde o público fica disposto dos dois lados, envolvendo a representação. Como diretor, destacam-se seus trabalhos em Avatar, de Paulo Afonso Grisolli, 1974; uma ousada mas não muito bem-sucedida parceria com o espanhol Fernando Arrabal em A Torre de Babel, produção do Teatro Ruth Escobar, 1977; e El Dia Que Me Quieras, de José Ignácio Cabrujas, premiado como um dos melhores espetáculos de 1980, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Em 1988, Ripper ganha Prêmio Shell de melhor cenografia por Extra-Vagância, de Dacia Maraini, texto dirigido por ele.
Sobre seu trabalho em Avatar, o crítico Yan Michalski comenta: "Acumulando agora as funções de ambientador visual com a direção, concebeu um espaço cênico de grande originalidade e expressividade visual, no qual os corpos dos atores desenhavam uma estranha dança violentamente estilizada". Professor de educação artística, artes cênicas, artes plásticas e de cenografia, participa na reforma didática da Escola de Artes Visuais do Parque Lage e dá aulas de cenografia no Rio de Janeiro, no Instituto de Arquitetos do Brasil, Pontifícia Universidade Católica, Faculdade de Arquitetura da Universidade Santa Úrsula, e em Brasília no Centro de Extensão Cultural da Universidade de Brasília. Entra para a Fundação Nacional de Artes Cênicas, Fundacen, em 1986. Assume a direção do Centro Técnico de Artes Cênicas. Formula as bases de atuação do novo Centro, que, entre outras atividades, dá assessoria para construção e reformas de espaços cênicos e oferece cursos na área de cenotécnica. No fim de 1995, paralisa suas atividades devido a problemas de saúde. Luiz Carlos Ripper, juntamente com a musicista Cecília Conde, participam intensamente dos laboratórios propostos pelos grupos do Teatro Ipanema e A Comunidade, na criação de um ambiente visual e sonoro orgânico para seus espetáculos. Essas criações cenográficas e musicais pontuaram as encenações de grupos da década de 1970, com novas relações entre palco-plateia, ator-personagem, produção-grupo, dramaturgia-criação coletiva. O trabalho de cenografia de Luiz Carlos Ripper, segundo o professor e crítico Roberto de Cleto, se destaca por propor um "espaço em mutação, onde as áreas e os volumes devem ser tão capazes de transmutação quanto a palavra e a emoção do ator e onde o espaço cênico dos teatros tenha maior capacidade de mobilidade interna da cena e externa da plateia, possibilitando ao espectador participar mais diretamente daquela fantasia".

Archival history

1964 - [198-]

Immediate source of acquisition or transfer

Doação de Luiz Carlos Mendes Ripper em 5/5/1987, 20/5/1987 e 1/10/1987.

Content and structure area

Scope and content

Arquivo composto por 627 documentos relativos à atuação do titular como cenógrafo, dispostos em dossiês de espetáculos, croquis de cenário e figurino, recortes de jornais, clippings e outros tipos de documentos acumulados de acordo com os interesses do titular
(artigos, boletins, textos teatrais etc.).

Appraisal, destruction and scheduling

Accruals

System of arrangement

Parcialmente organizado.

Conditions of access and use area

Conditions governing access

Conditions governing reproduction

Language of material

  • English
  • Brazilian Portuguese

Script of material

    Language and script notes

    Physical characteristics and technical requirements

    Finding aids

    Inventário.

    Allied materials area

    Existence and location of originals

    Existence and location of copies

    Related units of description

    Notes area

    Note

    Primeiro registro de descrição baseado na publicação: Arquivos e coleções privados Cedoc/Funarte: guia geral/Rio de Janeiro: Funarte, 2016. 248 p.: il., color.; 23cm ISBN 978-85-7507-177-9.

    Note

    Com base na publicação acima, foram encontrados dois Arquivos da mesma pessoa, mas com diferencial na grafia, Luiz C. M. Ripper na página 102 e Luis C. M. Ripper na página 180, tratando-se da mesma pessoa, com diferente Acervo.

    Alternative identifier(s)

    Access points

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    Description control area

    Description identifier

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    Rules and/or conventions used

    Status

    Final

    Level of detail

    Full

    Dates of creation revision deletion

    Language(s)

      Script(s)

        Sources

        Archivist's note

        Documentalistas responsáveis: Luana de Almeida Nascimento..
        Descrição realizada pelo Projeto Acesso e difusão no Centro de Documentação e Pesquisa da Fundação Nacional de Artes (CEDOC/Funarte): promovendo a patrimonialização dos acervos privados e de uma plataforma digital em software livre como lugar de memória a partir do AtoM.

        Accession area