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- Luiz Carlos Ripper
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Dates of existence
History
Luiz Carlos Mendes Ripper dá nova dimensão ao tratamento cenográfico nas encenações dos principais grupos cariocas dos anos 70, refletindo as expectativas inovadoras propostas por seus integrantes. De 1962 a 1965 faz curso de artes e arquitetura na Universidade de Brasília. Inicia carreira profissional no cinema em 1965 e trabalha com vários cineastas, como Nelson Pereira dos Santos, Walter Lima Júnior, Arnaldo Jabor, Leon Hirschman, Carlos Diegues, entre outros. Em 1970, inicia as atividades no teatro, acumulando, muitas vezes, as funções de diretor, produtor, cenógrafo, figurinista e iluminador. Cria a "ambientação visual" para as encenações do Teatro Ipanema, destacando-se os espetáculos Hoje É Dia de Rock, de José Vicente, com direção de Rubens Corrêa, 1971, ganhando o Prêmio Governador do Estado de melhor figurino; e A China É Azul, de José Wilker, 1972, sendo novamente premiado como melhor figurinista pelo Molière. Neles, a disposição cênica da cenografia rompe com a concepção convencional de palco-plateia, integrando os espectadores ao plano dos atores. Cria um corredor, onde o público fica disposto dos dois lados, envolvendo a representação. Como diretor, destacam-se seus trabalhos em Avatar, de Paulo Afonso Grisolli, 1974; uma ousada mas não muito bem-sucedida parceria com o espanhol Fernando Arrabal em A Torre de Babel, produção do Teatro Ruth Escobar, 1977; e El Dia Que Me Quieras, de José Ignácio Cabrujas, premiado como um dos melhores espetáculos de 1980, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Em 1988, Ripper ganha Prêmio Shell de melhor cenografia por Extra-Vagância, de Dacia Maraini, texto dirigido por ele.
Sobre seu trabalho em Avatar, o crítico Yan Michalski comenta: "Acumulando agora as funções de ambientador visual com a direção, concebeu um espaço cênico de grande originalidade e expressividade visual, no qual os corpos dos atores desenhavam uma estranha dança violentamente estilizada". Professor de educação artística, artes cênicas, artes plásticas e de cenografia, participa na reforma didática da Escola de Artes Visuais do Parque Lage e dá aulas de cenografia no Rio de Janeiro, no Instituto de Arquitetos do Brasil, Pontifícia Universidade Católica, Faculdade de Arquitetura da Universidade Santa Úrsula, e em Brasília no Centro de Extensão Cultural da Universidade de Brasília. Entra para a Fundação Nacional de Artes Cênicas, Fundacen, em 1986. Assume a direção do Centro Técnico de Artes Cênicas. Formula as bases de atuação do novo Centro, que, entre outras atividades, dá assessoria para construção e reformas de espaços cênicos e oferece cursos na área de cenotécnica. No fim de 1995, paralisa suas atividades devido a problemas de saúde. Luiz Carlos Ripper, juntamente com a musicista Cecília Conde, participam intensamente dos laboratórios propostos pelos grupos do Teatro Ipanema e A Comunidade, na criação de um ambiente visual e sonoro orgânico para seus espetáculos. Essas criações cenográficas e musicais pontuaram as encenações de grupos da década de 1970, com novas relações entre palco-plateia, ator-personagem, produção-grupo, dramaturgia-criação coletiva. O trabalho de cenografia de Luiz Carlos Ripper, segundo o professor e crítico Roberto de Cleto, se destaca por propor um "espaço em mutação, onde as áreas e os volumes devem ser tão capazes de transmutação quanto a palavra e a emoção do ator e onde o espaço cênico dos teatros tenha maior capacidade de mobilidade interna da cena e externa da plateia, possibilitando ao espectador participar mais diretamente daquela fantasia".
Places
Rio de Janeiro (Brasil) – nascimento (1943)
Universidade de Brasília – curso de artes e arquitetura (1962-1965)
Rio de Janeiro (Brasil) – ministra aulas de cenografia
Brasília (Brasil) – ministra aulas de cenografia
Rio de Janeiro (Brasil) – morte (1996)
Legal status
Functions, occupations and activities
Cenógrafo, figurinista, diretor, iluminador, produtor e professor de educação artística, artes cênicas, artes plásticas e de cenografia.
Mandates/sources of authority
Internal structures/genealogy
General context
Relationships area
Access points area
Subject access points
Place access points
Occupations
Control area
Authority record identifier
Institution identifier
Rules and/or conventions used
ISAAR
CODEARQ
ISO 3166
ISO 8601
ISO 639-2
Status
Level of detail
Dates of creation, revision and deletion
Criação – 07/2023
Language(s)
- Brazilian Portuguese
Script(s)
Sources
LUIZ Carlos Ripper. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2023. Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa349613/luiz-carlos-ripper. Acesso em: 10 de julho de 2023. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
Maintenance notes
Descrição realizada pelo Projeto Acesso e difusão no Centro de Documentação e Pesquisa da Fundação Nacional de Artes (CEDOC/Funarte): promovendo a patrimonialização dos acervos privados e de uma plataforma digital em software livre como lugar de memória a partir do AtoM (2022-2023).