Paschoal Carlos Magno (1906-1980), foi quem esteve à frente de diversas campanhas e empreendimentos de grande relevância para a história das artes cênicas em nosso país, tendo criado: o Teatro do Estudante do Brasil, o Teatro Duse, os Encontros de Escolas de Dança do Brasil, as Caravanas e a Barca da Cultura, a Aldeia de Arcozelo, entre vários outros. Foi também ele uma das personalidades que mais se dedicaram à causa estudantil em sua época, tendo sido um dos fundadores da Casa do Estudante do Brasil, criada em 1929. Paschoal Carlos Magno atuou ainda como vereador no Distrito Federal (1951-1955), oficial de gabinete do presidente Juscelino Kubitscheck (1956-1961) e secretário-geral do Conselho Nacional de Cultura (1962- 1964). Diplomata de carreira, serviu em diferentes embaixadas e consulados do Brasil locados na Inglaterra, na Grécia e na Itália. Paschoal Carlos Magno se destacou ainda no âmbito da crítica teatral, com sua coluna no Correio da Manhã. Como escritor, vale destacar seu romance Sol sobre as palmeiras e sua Amanhã será diferente. É considerado um dos renovadores do teatro brasileiro, sendo responsável, por exemplo, pela criação no país da função de diretor teatral.
Intérprete da geração do teatro de resistência, tendo fundado sua própria companhia nos anos 1970, produzindo espetáculos como Um grito parado no ar, Ponto de partida e Murro em Ponta de Faca. Fundou também, em 1960, a Companhia Teatro dos Novos, empenhando-se na construção do Teatro Vila Velha, ocasião em que conheceu Martha Overbeck, com quem se casou.
Atuou em peças como: Terra queimada, Lampião, A noiva do véu negro, Phaedra, As três irmãs, Um bonde chamado desejo, Auto da compadecida, Galileu Galilei, e Na selva das cidades.
Atuou também em teleteatros na TV Tupi, ao lado de Sergio Britto.
Exerceu a função de diretor, na Bahia, na Escola de Teatro, iniciativa do reitor Edgar Santos e comandada por Martim Gonçalves. Nomes como Lina Bo Bardi, Hans Joachim Koellreutter, Walter Smetak, Pierre Verger e Yanka Rudzka somam-se para dar um choque intelectual e de modernidade à vida cultural baiana.
No cinema, atuou em Sol Sobre a Lama, O Pagador de Promessas, Deus e o Diabo na Terra do Sol, O dragão da maldade contra o santo guerreiro, Os deuses e os mortos.
A partir de 1970 criou, com Martha Overbeck, a Othon Bastos Produções Artísticas, grupo que ao longo dos anos 1970 se empenhou em aguerrida defesa da liberdade de expressão, levando um repertório de resistência: Castro Alves Pede Passagem, Um grito parado no ar, Caminho de Volta, Murro em Ponta de Faca, Calabar, Dueto para um Só.
Participou de filmes como: São Bernardo, O predileto, Fogo morto, Chico rei, O que é isso, companheiro? A grande noitada, Mauá: o imperador e o rei, Central do Brasil, A 3ª morte de Joaquim Bolívar, Villa-Lobos: uma vida de paixão, Condenado à liberdade e Bicho de 7 cabeças.
Oswaldo Louzada, conhecido por Louzadinha, nasceu no Rio de Janeiro em 12 de abril de 1912 e faleceu em 22 de fevereiro de 2008. Foi um ator brasileiro. Mudou-se para São Paulo em 1944 onde, sob direção de Oduvaldo Viana, fez parte do elenco de rádio-teatro da Rádio Panamericana. Na ocasião era o noivo de Alair Nazarett, também atriz contratada para o mesmo elenco. Em verdade, porém, Oswaldo Louzada era mais ator de cinema. Nesse mesmo ano de 1944 fez os filmes, Gente Honesta e É Proibido Sonhar. De volta ao Rio de Janeiro, participou de Uma Luz na Estrada, Inconfidência Mineira, É Proibido Beijar, Mãos Sangrentas, Leonora dos Sete Mares, Rio Fantasia, Rico Ri à Toa, Mulher de Fogo, Esse Rio que Eu Amo, Assalto ao Trem Pagador, Gimba, Presidente dos Valentes, Lampião, Rei do Cangaço, Viagem aos Seios de Duília, Procura-se uma Rosa, Crônica da Cidade Amada e Uma Garota em Maus Lençóis. Em 1971, Oswaldo Louzada voltou seus olhos para a televisão e fez Bandeira 2 na TV Globo. Percebeu que a aceitação do público era maior do que o cinema e resolveu intercalar uma coisa e outra. Fez o filme Guerra Conjugal e novamente telenovelas. O papel em Mulheres Apaixonadas, de 2003, foi a sua consagração, e Oswaldo Louzada foi considerado uma "revelação" como vovô, parceiro da grande atriz Carmem Silva. Foi ator consagrado por longeva carreira dedicada ao teatro, cinema e televisão. Louzadinha destacou-se por transformar em ouro os pequenos personagens, com sua interpretação dedicada, rigorosa e de particular delicadeza. Louzadinha era um dos mais velhos atores em atividade do país, com 95 anos de idade.