Tonia Carrero

“Um Deus Dormiu Lá em Casa” (1949). Esse foi o espetáculo que fez o mundo conhecer Tônia Carrero, coroando-a com o prêmio de atriz revelação pela Associação de Críticos Cariocas. O título de diva não demorou muito para chegar. Estrelando filmes como “Tico-Tico no Fubá” (1952) e “Apassionata” (1952), inspirados pela estética hollywoodiana dos anos 50, a atriz conquistou o público com a sua beleza e talento distintos. A atriz integrou o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), criou a Companhia Tônia-Celi-Autran e fundou a Companhia Tônia Carrero. O ponto alto de sua carreira, entretanto, veio durante a ditadura militar com a interpretação de uma prostituta em “Navalha na Carne” (1967). A atriz rompeu com o estereótipo de suas personagens, abandonou os padrões de beleza e vocabulário modesto, para ocupar um cenário de marginalização com um texto rico em palavras de baixo calão.
Tônia conquistou diversos prêmios como o Troféu Roquette Pinto, pelo protagonismo na novela “Sangue do Meu Sangue” (1969) na TV Excelsior e o prêmio Molière duas vezes por protagonizar “Navalha na Carne” e “Quartett” (1986), em que contracenou com Sérgio Britto. Em 2007, encerrou sua carreira com o filme “Chega de Saudade” e o espetáculo “Um Barco Para o Sonho”, de Alexei Arbuzov, dirigido por seu neto Carlos Artur Thiré.

Fontes consultadas