Maria Della Costa

Filha de imigrantes italianos, Maria Della Costa, foi retratada por artistas como o escultor Brecheret e os pintores Di Cavalcanti e Djanira, por sua beleza incomparável. Quando estudava em um colégio de freiras em Porto Alegre (RS), foi descoberta pelo jornalista Justino Martins, responsável por sua primeira capa na Revista Globo. Aos 18 anos, iniciou sua carreira como atriz, estreando no teatro na peça "Moreninha" junto com Bibi Ferreira no Rio de Janeiro. Orientada por Fernando de Barros, seu produtor e primeiro marido, trabalhava como show-girl no Cassino Copacabana e como modelo da tradicional Casa Canadá, onde conquistou o título de “Primeira Manequim do País”. Em 1946, ingressou no grupo "Os Comediantes", protagonizando a peça "A Rainha Morta", de Henry de Montherlant, sob a direção de Ziembinski. No Teatro Maria Della Costa (SP), Companhia que fundou com marido Sandro Polloni, atuou no papel de Joana D'Arc em "O Canto da Cotovia", dirigida pelo diretor italiano e cenógrafo Gianni Ratto. Com esse espetáculo conquistou o primeiro ponto alto de sua carreira ao lado de nomes como Sérgio Britto, Fernanda Montenegro, Eugênio Kusnet, Wanda Kosmo e Manoel Carlos. Em 1959, Maria Della e Sandro desenvolveram o espetáculo "Gimba", de Gianfrancesco Guarnieri. Esse foi o primeiro espetáculo brasileiro convidado para o Festival do Teatro das Nações, em Paris, onde ganhou o prêmio de melhor trabalho folclórico. Maria Della Costa atuou predominantemente no teatro, mas também participou de produções cinematográficas e telenovelas. A atriz foi homenageada pelo Ministério da Cultura com a Ordem do Mérito Cultural em 2002 e faleceu no Rio de Janeiro (RJ) em 2015.

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