Considerado por especialistas como a primeira companhia teatral moderna estável do país, o Teatro Popular de Arte - renomeado para Teatro Maria Della Costa, em 1954 - fez história ao apresentar montagens que prezavam por uma estrutura bem-acabada de espetáculos e cenários. Fundado por Maria Della Costa, Sandro Polloni e Itália Fausta a companhia desenvolveu suas atividades por 26 anos, encerrando os trabalhos em 1974. Foram produzidos 60 espetáculos ao longo de sua trajetória. Suas atividades se iniciaram através da montagem "Anjo Negro" (1948), com texto de Nelson Rodrigues, causando grande comoção na sociedade. O texto foi alvo de censura por abordar o tema do preconceito racial. O trabalho da companhia se encerrou com a encenação da peça "Tome Conta de Amêlie" - texto de Georges Feydeau e direção de Antunes Filho. Outros espetáculos que se destacaram na trajetória do TMDC foram "O Anel Mágico" e "Sonata a Quatro Mãos" - ambos de 1948. Alguns dos nomes que passaram pela companhia no decorrer de suas atividades foram os diretores Graça Mello, Ruggero Jacobbi, Gianni Ratto e os atores Itália Fausta, Ziembinski, Sérgio Britto e Oswaldo Louzada. Outros destaques são as atuações de Fernanda Montenegro nos espetáculos "O Canto da Cotovia" (1954) e "A Moratória" (1955), Sérgio Britto em "Mirandolina" (1955) e a participação de Dina Sfat na montagem histórica de "Depois da Queda", em 1964.
Fontes consultadas
Enciclopédia Itaú Cultural. Disponível em: https://enciclopedia.itaucultural.org.br
Portal Funarte Brasil Memória das Artes. Disponível em: https://portais.funarte.gov.br/brasilmemoriadasartes
SILVA NETO, A. L. da. Astros e estrelas do cinema brasileiro. 2. ed. São Paulo, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2010.