Maria Della Costa e Sandro Polloni

O casal Maria Della Costa e Sandro Polloni se conheceu durante a peça "A Rainha Morta", de Henry de Montherlant. A peça foi produzida pelo grupo "Os Comediantes" em 1946, sob a direção de Ziembinski. Não demorou muito para que o encontro decisivo entre os atores virasse uma história de amor. A partir desse momento, suas vidas estiveram entrelaçadas de tal modo, que conduziam seus passos pessoais e profissionais sempre juntos.  Sandro, além de esposo de Maria Della, tornou-se também seu sócio, mentor e administrador da sua carreira. Juntos fundaram sua própria companhia em 1948, o Teatro Popular de Arte (TPA), que mais tarde foi rebatizada para Teatro Maria Della Costa (TMDC). A sede da Companhia foi projetada pelos arquitetos Oscar Niemeyer e Lúcio Costa e tornou-se uns espaços cênicos mais modernos de São Paulo. Dentre os muitos espetáculos por eles desenvolvidos, "Gimba" (1959), de Gianfrancesco Guarnieri, dirigido por Flávio Rangel, teve especial impacto na vida do casal. Esse foi o primeiro espetáculo brasileiro convidado para o Festival do Teatro das Nações, em Paris, onde ganhou o prêmio de melhor trabalho folclórico. Em1962, inauguraram o Teatro Leopoldina, em Porto Alegre (RS).  Alguns anos depois decidiram empreender em um hotel em Paraty (RJ), chamado Hotel Coxixo. Hoje renomeado para Pousada Literária de Paraty, o hotel foi eleito como pousada oficial da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP) que acontece anualmente na cidade e atrai muitos turistas. O casal de tamanha influência no teatro brasileiro, compartilhou suas últimas atividades profissionais no teatro e na administração do hotel, até o falecimento de Sandro, em 1995. Após o falecimento do ator, Maria Della não se casou novamente e por muitos anos continuou administrando o hotel, até vendê-lo.

Fontes consultadas