Maria Della Costa e Sandro Polloni

O casal Maria Della Costa – Gentile Maria Marchioro Della Costa (1926-2015) – e Sandro Polloni, ou Sandro Polônio – Alexandre Marcello Polloni (1921-1995) –, se conheceram durante a peça "A Rainha Morta", de Henry de Montherlant (1895-1972), sob a direção de Ziembinski (1908-1978), produzida pelo grupo "Os Comediantes" em 1946. Não demorou muito para que o encontro decisivo entre os atores, que participaram do elenco, virasse uma história de amor e fosse oficializado. A partir desse momento, suas vidas estiveram entrelaçadas e indissociáveis de modo que conduziam seus passos pessoais e profissionais sempre juntos, pois Sandro, além de esposo de Maria Della, tornou-se também seu sócio, mentor e o administrador da sua carreira. Juntos, o casal realizou uma série de conquistas. Fundaram sua própria companhia em 1948, o Teatro Popular de Arte (TPA), que mais tarde foi rebatizada para Teatro Maria Della Costa (TMDC). Depois de fundá-la construíram sua sede, o Teatro Maria Della Costa (SP), projetada pelos arquitetos Oscar Niemeyer (1907-2012) e Lúcio Costa (1902-1998), que se tornou um dos mais modernos espaços cênicos de São Paulo e hospedou as atividades da companhia. Dentre os muitos espetáculos que desenvolveram, o espetáculo "Gimba" (1959), de Gianfrancesco Guarnieri (1934-2006), dirigido por Flávio Rangel (1934-1988), teve especial impacto na vida do casal. Esse foi o primeiro espetáculo brasileiro convidado para o Festival do Teatro das Nações, em Paris, onde ganhou o prêmio de melhor trabalho folclórico, levando os atores para uma viagem à Europa, excursionando o espetáculo em Portugal, Espanha e Itália, além de estudarem na Alemanha, China e Rússia. Foi apenas em 1962 que retornaram para o Brasil e inauguraram o Teatro Leopoldina, no ano seguinte em Porto Alegre (RS). Também estiveram 45 dias em Buenos Aires (Argentina), apresentando-se no Teatro Astral com o sucesso "Pindura saia", de Graça Mello (1914-1979) e alguns anos depois decidiram empreender em um hotel em Paraty (RJ), chamado Hotel Coxixo, hoje renomeado para Pousada Literária de Paraty, o hotel foi eleito como pousada oficial da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP) que acontece anualmente na cidade e atrai turistas. O casal de tamanha influência no teatro brasileiro, compartilhou suas últimas atividades profissionais no teatro e a administração do hotel, além de sua vida conjugal, até o falecimento de Sandro em 1995. Após o falecimento do ator, Maria Della não se casou novamente e por muitos anos continuou administrando o hotel, até vendê-lo.

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