Dina Sfat e Paulo José estão entre os maiores atores brasileiros do século XX. Ambos iniciaram suas carreiras no teatro, passaram pelo cinema e eternizaram seus nomes na televisão. O casal se conheceu no Teatro de Arena e permaneceu casado por 17 anos. Dina Sfat reuniu ao longo de sua carreira uma série de trabalhos e prêmios de destaque. Como integrante do Teatro de Arena, participou das montagens “Arena Conta Zumbi” (1965), pela qual recebeu o Prêmio Governador do Estado de São Paulo na categoria de melhor atriz e, “Arena Conta Tiradentes" (1967) – ambas dirigidas por Augusto Boal. No Teatro Oficina, fez parte do elenco do espetáculo “O Rei da Vela”, do celebrado diretor José Celso Martinez Correa. Como produtora recebeu o Prêmio Mambembe de melhor produção teatral atuou pelo espetáculo “Hedda Gabler” (1982). No cinema, Dina recebeu os prêmios de melhor atriz e atriz coadjuvante no Festival de Brasília pelos longas “Os Deuses e os Mortos”, de Ruy Guerra (1970), e “O Homem do Pau- Brasil”, de Joaquim Pedro de Andrade (1981). Na televisão, a atriz entrou para o imaginário popular ao participar de novelas consagradas, como a primeira versão de “Selva de Pedra” (1972) – prêmio Helena Silveira de melhor atriz. Paulo José Gómez de Souza – ou apenas Paulo José – construiu uma carreira de 60 anos ocupando diversos espaços artísticos. No teatro integrou o elenco do famoso Teatro de Arena ao lado de Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal. Na TV, o ator alcançou enorme sucesso ao estrelar, entre os anos 1972 e 1974 o seriado "Shazan, Xerife e Cia”. Como diretor atuou no programa televisivo "Você Decide", entre os anos de 1992 e 1993. Em 1966, estreou no longa-metragem "O Padre e a Moça" de Joaquim Pedro de Andrade, cuja atuação garantiu sua indicação à categoria de melhor ator no Prêmio Saci. Destacou-se pelos papéis de “Paulo” no filme “Todas as Mulheres do Mundo” (1966), de Domingos Oliveira, que lhe rendeu três premiações por Melhor Ator: no Festival de Brasília, no Prêmio INC e no Prêmio Air France. O acervo iconográfico dessa exposição foi doado por Dina Sfat e Paulo José à Funarte, em 1981. O arquivo do casal possui recortes de jornal, programas, periódicos, textos teatrais diversos e fotografias.
Confira essas e outras imagens no acervo do casal.
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