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Registro de autoridade
Ítalo Rossi
Pessoa · 19/01/1931-02/08/2011

Integrante do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) e um dos fundadores do Teatro dos Sete, Ítalo Rossi possui uma grande naturalidade amparada pela profunda humanização que obtém de suas personagens, aliada a uma consciência física que permite que domine amplamente seus instrumentos de trabalho.
Inicia a carreira no teatro e, depois de uma pequena experiência no Teatro das Segundas-Feiras e no Teatro de Vanguarda, ingressa no Teatro Brasileiro de Comédia, TBC. Já no primeiro espetáculo, sob a direção de Maurice Vaneau em A Casa de Chá do Luar de Agosto, de John Patrick, 1956, recebe o prêmio revelação de ator da Associação Brasileira de Críticos Teatrais (ABCT). No ano seguinte, recebe o prêmio de melhor ator por Os Interesses Criados, de Jacinto Benavente, com direção de Alberto D'Aversa. Com este diretor, ainda no TBC, em 1958, atua em três espetáculos: Vestir os Nus, de Luigi Pirandello; Um Panorama Visto da Ponte, de Arthur Miller; e Pedreira das Almas, de Jorge Andrade. Em 1959 funda, ao lado de Fernanda Montenegro, Sergio Britto e Fernando Torres, o Teatro dos Sete, em que atua com exclusividade durante seis anos, até o encerramento da companhia. No espetáculo de estreia, O Mambembe, de Artur Azevedo e José Piza, sob a direção de Gianni Ratto, interpreta Frazão e, no papel do empresário em dificuldades, empresta uma verve e um histrionismo que lhe valem um novo Prêmio ABCT. Depois de afirmar que seu Frazão é "uma lição de arte de representar", Paschoal Carlos Magno define a atuação de Ítalo Rossi dizendo que ele "nos dá a impressão de ser daqueles mágicos que, inacreditavelmente naturais, retiram do fundo de uma cartola pássaros e estrelas". A crítica Barbara Heliodora completa: "O trabalho de Ítalo Rossi é um primor de acabamento, seja em dicção, seja em expressão corporal, seja na limpeza de cada gesto, que é uma unidade completa em si, muito embora perfeitamente integrada na fluência total de toda a sua gesticulação".
Em 1960, é novamente premiado pelo trabalho na comédia de Georges Feydeau, Com a Pulga Atrás da Orelha. Depois do encerramento das atividades do Teatro dos Sete, em 1965, Ítalo volta a atuar em duas peças curtas, Os Amantese A Coleção, ambas de Harold Pinter, sob a direção de Flávio Rangel, na recém-criada Companhia Carioca de Comédia, em 1966. No mesmo ano, em Curitiba, protagoniza, com o mesmo diretor, O Sr. Puntila e Seu Criado Matti, de Bertolt Brecht. Em 1967, está em Oh, Que Delícia de Guerra!, de Charles Chilton em colaboração com Joan Littlewood e o grupo do Theatre Workshop, uma encenação de Ademar Guerra.
Na década de 1970, suas atuações mais expressivas são em Dorotéia Vai à Guerra, de Carlos Alberto Ratton, dirigido por Paulo José, 1972; A Noite dos Campeões, de Jason Miller, direção de Cecil Thiré, 1975 - seu desempenho lhe vale o Prêmio Molière; O Santo Inquérito, de Dias Gomes, com o diretor Flávio Rangel, 1976; Os Emigrados, de Slawomir Mrozek, direção de Jorge Takla, 1977; e Os Veranistas, de Máximo Gorki, 1978.
Após um certo afastamento retorna aos palcos, na década de 80, com três espetáculos intimistas. Com estes trabalhos conquista durante anos seguidos o Prêmio Molière. Em Quatro Vezes Beckett, 1985, uma encenação de Gerald Thomas em que a ação concentra-se em partes dos corpos dos atores, Rossi se encarrega do monólogo da boca. Em 1986, ele faz um espetáculo solo com roteiro e direção de Walmor Chagas, Encontro com Fernando Pessoa. Em 1987, ao lado de Daniel Dantas, encarna o filósofo ateu Descartes em Encontro de Descartes e Pascal, de Jean-Claude Brisville. Sentados um frente ao outro, em uma mesa no proscênio de um pequeno palco do Teatro da Aliança Francesa de Botafogo, falando para uma lotação máxima de 80 espectadores, Ítalo se encontra muito próximo ao público. Este pode observar as sutis mudanças na fisionomia de uma personagem revestida de profunda humanidade pelo ator que, pouco gesticula, praticamente não se levanta e, apenas com o trabalho facial e vocal, prende o público em uma discussão puramente intelectual. O crítico Macksen Luiz escreve:
"Ítalo Rossi, definitivamente um ator amadurecido, permite que a ironia, a fraqueza, a inteligência, as manobras e o cansaço de Descartes fiquem transparentes. Ítalo, contido por uma direção que enfatiza as pausas, os silêncios e os tempos mortos, preenche-os com tal requinte interpretativo que a plateia fica em suspenso, conduzida pela sensibilidade do ator. Cada gesto se incorpora ao racionalismo da personagem numa integração absoluta; cada inflexão deixa perceber os "estados de alma" de alguém que deseja fazer valer a razão".
Em São Paulo, sua interpretação também colhe a admiração dos críticos e do público. Alberto Guzik avalia seu desempenho: "Seu Descartes é um momento luminoso numa carreira excepcional. A composição, embasada em usos precisos de voz e corpo, traça o perfil de um homem arrogante, altaneiro, mas capaz de confessar os próprios equívocos com desarmante sinceridade. A atuação de Ítalo Rossi, impulsionada pela intensidade com que se entrega ao jogo cênico, magnetiza o espectador. Vê-lo em cena é testemunhar o trabalho de um dos primeiros atores do Brasil".
Na década de 1990, Ítalo Rossi atua em cinco produções do diretor Moacyr Góes. Entre elas, o solo Comunicação a uma Academia, de Franz Kafka, 1994, e O Doente Imaginário, de Molière, 1996.

Paschoal Carlos Magno
Pessoa · 13/01/1906-24/05/1980

Paschoal Carlos Magno (1906-1980), foi quem esteve à frente de diversas campanhas e empreendimentos de grande relevância para a história das artes cênicas em nosso país, tendo criado: o Teatro do Estudante do Brasil, o Teatro Duse, os Encontros de Escolas de Dança do Brasil, as Caravanas e a Barca da Cultura, a Aldeia de Arcozelo, entre vários outros. Foi também ele uma das personalidades que mais se dedicaram à causa estudantil em sua época, tendo sido um dos fundadores da Casa do Estudante do Brasil, criada em 1929. Paschoal Carlos Magno atuou ainda como vereador no Distrito Federal (1951-1955), oficial de gabinete do presidente Juscelino Kubitscheck (1956-1961) e secretário-geral do Conselho Nacional de Cultura (1962- 1964). Diplomata de carreira, serviu em diferentes embaixadas e consulados do Brasil locados na Inglaterra, na Grécia e na Itália. Paschoal Carlos Magno se destacou ainda no âmbito da crítica teatral, com sua coluna no Correio da Manhã. Como escritor, vale destacar seu romance Sol sobre as palmeiras e sua Amanhã será diferente. É considerado um dos renovadores do teatro brasileiro, sendo responsável, por exemplo, pela criação no país da função de diretor teatral.

Walter Pinto
Pessoa · 17/01/1913-21/04/1994

Walter Pinto foi um produtor e autor de teatro brasileiro, responsável direto pela renovação no país do teatro de revista. Walter formou-se em Contabilidade e Ciências Econômicas, mas acabou dedicando-se à Companhia de Teatro Pinto, fundada por seu pai, dirigindo-a depois da morte de seu irmão Álvaro, ainda na década de 1940. Dá início à Companhia Walter Pinto, que veio a se tornar a maior delas no teatro musicado, encenando Revistas e revelando uma geração de atores, músicos e compositores, dentre os quais se podem listar: Dercy Gonçalves, Carmem Miranda, Assis Valente, etc. Atuou como ator em dois filmes: Samba da Vida (1937) e Mujeres de fuego (1959) (br: Mulher de Fogo).

Tônia Carrero
Pessoa · 23/08/1922-03/03/2018

Tem trabalhos realizados no teatro, cinema e televisão. A estreia em teatro foi no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) em São Paulo, com a peça Um Deus Dormiu Lá em Casa, onde teve como parceiro o ator Paulo Autran. Faleceu na sua cidade natal aos 95 anos de idade.

Leo Jusi
Pessoa · 02/10/1930-21/04/2011

Nasceu em Curitiba, Paraná, em 1930. Firma-se como diretor em 1954, com a montagem da segunda versão de "Vestido de Noiva", de Nelson Rodrigues. Defensor do incremento à dramaturgia nacional, lança vários textos inéditos, tanto como encenador quanto como diretor do Teatro Santa Rosa, do qual esteve à frente de 1961 a 1976.

Fábio Sabag
Pessoa · 19/11/1931-31/12/2008

Fábio Sabag nasceu no interior do estado de São Paulo, na cidade de Bariri, e morreu aos 77 anos na cidade do Rio de Janeiro. Fábio Sabag (nome artístico de Fadlo Sabag) trabalhou em teatro, cinema e televisão, destacando-se tanto em suas atuações quanto nas produções e direções de espetáculos teatrais, novelas, minisséries e filmes. Uma de suas mais importantes obras foi o Teatrinho Trol, programa infantil de sua criação, que lhe rendeu vários prêmios, homenagens, citações em jornais e revistas de grande importância nacional, além da admiração de intelectuais, artistas e escritores pelo seu trabalho.
Com quase 60 anos de carreira, Sabag fez quase sete mil participações em produções artísticas.

Leopoldo Fróes
Pessoa · 30/09/1882-02/03/1932

Leopoldo Fróes nasceu em Niterói no dia 30 de setembro de 1882, foi ator, compositor, letrista e cantor brasileiro. Leopoldo Fróes desde pequeno, sempre sonhou em ser ator, mas seus pais eram completamente contra isso e não permitiram que ele seguisse seus sonhos. Formou-se então em Direito e seu pai lhe conseguiu um cargo diplomático. Foi trabalhar em Paris, mas nunca era visto na Embaixada. Começou sua carreira de ator, estreando no teatro em Portugal, na peça O rei maldito.
Em 1915, voltou ao Brasil e foi contratado pela Companhia de Dias Bragas. Depois de um tempo montou sua primeira empresa com a atriz Lucília Peres, faleceu em 1 de março de 1932 na Suíça.

Hejo
Pessoa
Myriam Pérsia
Pessoa · 10/07/1935-

Myriam Pérsia é uma atriz do teatro e televisão brasileira.