Dina Sfat


Dina Kutner de Souza (1938-1989) se apaixonou pelo teatro enquanto assistia Cacilda Becker (1921-1969) atuando em "Arsênico e Alfazema" (1949). Filha de judeus poloneses, escolheu ser chamada artisticamente como Dina Sfat em homenagem à sua mãe, já que Sfat era seu povoado de origem em Israel. Dina transitou entre os dois mais importantes grupos de teatro de sua época: o Teatro de Arena de São Paulo e o Teatro Oficina. Foi consagrada nos palcos dos teatros por sucessos como “Arena Conta Zumbi” (1965), de Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal, que lhe rendeu o Prêmio Governador do Estado de São Paulo de melhor atriz. Em 1969, interpretou sua primeira grande personagem no cinema, marcando seu nome no imaginário brasileiro com a guerrilheira Cy, em "Macunaíma" (1969), de Joaquim Pedro de Andrade. Conquistou dois prêmios no Festival de Brasília: o prêmio de melhor atriz por sua interpretação em "Os Deuses e os Mortos" (1970), de Ruy Guerra, e o segundo de melhor atriz coadjuvante, por sua interpretação em "O Homem do Pau-Brasil" (1981), dirigido por Joaquim Pedro de Andrade. Em 1970, a atriz foi contratada pela rede Globo, onde participou de novelas, minisséries e integrou o elenco de vários programas, como o "Caso Especial" e "Aplauso". Dina Sfat também foi reconhecida por seu posicionamento político. Participou da luta em prol da democracia e da liberdade de expressão, chegando a anunciar que se candidataria à vice-presidência do Brasil pelo Partido Comunista do Brasil (PCB), em 1984. A atriz lutou contra a ditadura pela liberdade de imprensa e apoiou firmemente a campanha pelas Diretas Já. Pouco antes de falecer, Dina Sfat publicou sua autobiografia, “Dina Sfat – Palmas pra que Te Quero” (1988), escrita em parceria com a jornalista Mara Caballero.


Confira essas e outras imagens no /index.php/fundo-dina-sfat-paulo-jose.

Fontes consultadas


CUIÑAS GÓMEZ, M. A relevância da figura do escritor Félix Lope de Vega Carpio (1562-1635). Revista UFG, [S. l.], ano XIII, n. 12, p. 252-256, 2012.
EDITORES da Enciclopédia Itaú Cultural. Enciclopédia Itaú Cultural Disponível em: https://enciclopedia.itaucultural.org.br. Acesso em: 20 ago. 2023.
https://www.independent.co.uk/news/obituaries/obituary-arthur-miller-1530303.html. Acesso em: 05 ago. 2023.
HAWTREE, C. Arthur Laurents obituary. The Guardian, 06 may 2011. Disponível em: https://www.theguardian.com/stage/2011/may/06/arthur-laurents-obituary. Acesso em: 06 ago. 2023.
HOLLANDA, B. B. B. de. Futebol, arte e política: a catarse e seus efeitos na representação do torcedor. Organizações & Sociedade, Salvador, v. 16, n. 48, p. 123-140, 2009.
MOORE, W. G; TOBIN, R. W. Molière. Encyclopedia Britannica, 2023. Disponível em: https://www.britannica.com/biography/Moliere-French-dramatist. Acesso em: 05 ago. 2023.
PINTO, F. P. L. Palmas pra que te quero: uma desconstrução rizomática das escritas de si. 2012. 150f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Federal de São João Del Rei, São João Del Rei, 2012.
SFAT, D.; CABALLERO, M. Dina Sfat: Palmas pra que te quero. 2. ed. Rio de Janeiro: Nórdica, 1988.
SILVA NETO, A. L. da. Astros e estrelas do cinema brasileiro. 2. ed. São Paulo, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2010.