Fernanda Montenegro e Fernando Torres

Foi em abril de 1952 que Fernanda Montenegro (1929-) e Fernando Torres (1927-2008) se casaram. O casal que se tornou um ícone brasileiro permaneceu junto por 56 anos, separando-se apenas quando o ator, diretor e produtor faleceu. O relacionamento começou ainda nos palcos, a partir da década de 1950, quando atuaram juntos em "Alegres Canções nas Montanhas" (1950), de Julien Luchaire (c.1870-1962,) e como fruto desse romance, nasceram o também diretor, Cláudio Torres (1962-) e a também atriz, Fernanda Torres (1965-). Com tamanho talento, tanto de Fernanda, que ainda encanta a todos nos palcos e telas, quanto de Fernando, que acumulou prêmios como ator, diretor e produtor e foi amplamente reconhecido pela crítica, não seria possível dissociar o casal no aspecto profissional. No final da década, em 1959, junto com Sergio Britto (1923-2011) e Gianni Ratto, o casal fundou o Teatro dos Sete. Assim, unidos, Torres e Montenegro desenvolveram sua relação através de uma série de trabalhos, como o Teleteatro da TV Tupi e os espetáculos “O Beijo no Asfalto”, “A Morta no Espelho”, “A Mulher de Todos Nós”, “A Mais Sólida Mansão”, “Dona Doida, Um Interlúdio” e “Dias Felizes" e na novela “Zazá”. O acervo custodiado pela Funarte aborda parte da trajetória artística do casal Fernando Torres e Fernanda Montenegro no teatro, televisão e cinema, contendo documentos sobre o Grande Teatro, o Teatro Brasileiro de Comédia, o Teatro dos Sete e outras produções. A doação da documentação foi efetuada ao Inacem pelo casal, parceladamente. Os registros de entrada datam do ano de 1982, especificamente nos dias 25 de maio, 21 de junho e 25 de agosto. Alguns outros documentos que compõem o conjunto foram indicados como provenientes da Campanha de Doação projeto Memória Doação de Fernando Torres, de 17 de fevereiro de 1981. Existem ainda documentos identificados como posteriores à 1982, mas sem dados sobre os registros.

Fontes consultadas